Gosto tanto. Mas gosto mesmo tanto, de me imaginar apertada contra o teu peito, dentro dos teus braços a deixar-me levar numa dança contigo. Onde sentiria a tua respiração no meu pescoço, os meus cabelos espalhado pelo teu peito, as tuas mãos nas minhas costas, o meu coração contra o teu, a bater desordenado. Tudo isto às voltas num salão vazio, decorado a espelhos e com uma iluminação baixa, em tons de vermelho e no ar um qualquer aroma quente. Dançaríamos ao som de um CD qualquer a fingir ser um gramofone antigo, numa dança que prometeria ser para sempre.
Mas nada é para sempre, pois não…quando era miúda ensinaram-me que tudo que nasce, morre um dia.
Eu acho que o meu mal é mesmo, ver demasiados filmes romântico, com bons realizadores e bons actores, baseados em argumentos credíveis e que nos fazem sonhar ao som de bandas sonoras perfeitas…e acreditar que coisas assim, como eu as pinto, podem um dia acontecer.
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