Sopro devagarinho o primeiro acorde, assim que as estrelas do céu se apagam. E fica assim o céu apagado até de manhã. Solto-o nas linhas das tuas mãos, escrevo o nome que trazes agrafado ao peito. Esse nome que te inquieta as noites mal dormidas e que te fala de mim. E a noite vai-se preenchendo de suaves tons numa melodia silenciosa.
E no seu silêncio ensurdecedor, sonha com o amarelo da lua e revela-lhe os teus segredos. Ela há-de guardar em silêncio as noites mal dormidas e os acordes dessa melodia que se solta da tua garganta e que baila estonteante nos meus ouvidos. Afunda-me entre lençóis de cetim e fitas de seda e não me soltes, até que o vento quente da noite te beije a alma.
E pela manhã, começas os dias afagando o meu cabelo e enches-me o coração com frases mágicas como esta: “É tão bom poder fazer-te feliz com tão pouco”. E tu fazes.
Não estou aí, mas estou em ti…. Dificilmente se soltará, a minha alma da tua.
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